sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

[É este o mundo que criamos?
Nós o fizemos sozinhos!
É este o mundo que devastamos até não poder mais ?
Se existir um Deus lá em cima no céu, olhando cá pra baixo,
o que Ele deve estar pensando do que fizemos com o mundo que Ele criou...]

(Queen - Em uma música que já me emocionava antes, e que foi a primeira e única em minha mente hoje)

"Vi o noticiário nas primeiras horas desta manhã e fiquei paralisada ao saber do assalto no Rio de Janeiro que culminou na morte violenta de um menino de 6 anos. O espaço que há em mim para alocar barbáries e atrocidades não é o bastante para conter a minha consternação. O choro não ameniza o que sinto quando inevitavelmente se repete na minha imaginação a cena da criança sendo arrastada e esfacelada diante da impotência do público apavorado. Tampouco me conforta quando me coloco no lugar da mãe zelosa que conduzia seus filhos na segurança dos cintos que a maioria ignora e que, pela ação dos assaltantes, é lançada à mais dilacerante das experiências ao alcance de alguém; assistir à dor e agonia de seu filho, impossibilitada de qualquer atitude que possa salvá-lo do sofrimento e morte trágica. Estou em estado de aniquilamento. O que preciso hoje é esquecer que sou da espécie "natureza humana", portadora tanto do que faz bem quanto de monstruosidades como esta."

Email da ouvinte Maria Balé.

Não consegui escrever nada a respeito, doía demais, revoltava e enojava. Passei o dia com lágrimas nos olhos vendo machetes e notícias a respeito, mas foi o email dessa ouvinte que me levou ao pranto, ali mesmo no ônibus.
Essa quer redije revê tudo que quer da vida, repensa nos planos e quer mais do que nunca sair daqui, também não sabe se ainda quer ter os 3 filhos que sempre disse querer.
Eu sou brasileira e estou desistindo. Não acredito mais.
Só não desisto de ser humana.